Sumidouro da Várzea |
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O Sumidouro da Várzea caracteriza-se por ser a mais importante perda do Maciço Sicó-Alvaiázere. Esta perda foi alvo de várias tentativas de bombagens ao longo dos anos, mas só no verão de 1998, os mergulhadores do colectivo conseguem resultados. A descoberta de 150 m de galeria, ao longo de 3 sifões, relança o desafio de encetar uma nova bombagem, na tentativa de encontrar a ligação com a Gruta do Algarinho. Em Outubro de 1998, com o apoio da Sociedade Portuguesa de Espeleologia (SPE), foi efectuada a bombagem dos sifões da Várzea, pondo a descoberto 520 m de galeria que terminava de novo num sifão, este agora com circulação activa. Mergulhos posteriores constataram a existência de sucessivos troços de galeria activa, com elevadas concentrações de CO 2 , intercalados com sifões de difícil exploração devido às reduzidas dimensões e à sujidade da água. Entretanto, a subida das águas voltou a fechar os sifões da entrada, fazendo com que a maior parte da gruta se mantenha penetrável só através de mergulho ou de novas bombagens. O Sumidouro da Várzea constitui mais um testemunho da importância hídrica passada do sistema, que drenava toda a área cársica situada a Oeste, hoje desaparecida, erodida até ao núcleo impermeável. A sua alimentação, somada à alimentação perene dos sifões terminais do Soprador do Carvalho, constitui a maior parte do caudal de estiagem debitado pelo Olho do Dueça. A morfologia da cavidade é diversa, caracterizando-se por passagens em laminador, por vezes com escassas dezenas de centímetros de altura, e algumas salas com abatimentos. Os característicos ressaltos são passagens subaéreas, enquanto que os troços horizontais são, na sua maioria, sifões (NEVES, et al. , 2003).
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