Olho do Dueça |
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As primeiras explorações do Olho do Dueça remontam à década de 60, levadas a cabo pelos Serviços de Hidráulica do Mondego. Durante as décadas de 80 e 90 foram efectuados vários mergulhos, julgando-se sempre a nascente impenetrável, em virtude da visibilidade reduzida e da obstrução por blocos. Só em 2002, e após informação popular, se constatou que a nascente possuía uma entrada inferior penetrável. No verão de 2003, assim que os caudais e a visibilidade o permitiram, os mergulhadores do colectivo conseguiram explorar e topografar cerca de 300 m de galeria praticamente submersa. Mergulhos posteriores, já em 2004, deram a descobrir a continuação desta galeria activa, durante cerca de 900 m , com zonas parcialmente inundadas, e interrompida a montante, por um impressionante caos de blocos, a escassas dezenas de metros das galerias de jusante do Soprador do Carvalho. O Olho do Dueça é a principal surgência do sistema e constitui o seu nível de base, condicionando toda a sua evolução “recente”. A génese e morfologia das galerias é fortemente condicionada por grandes fracturas de orientação genérica E-W, onde a secção pode atingir vários metros de diâmetro e fracturas N-S, onde a secção se reduz fortemente. A exploração aquática foi dificultada pela presença de efluentes domésticos e industriais, provenientes da povoação de Taliscas e das instalações industriais instaladas a montante da surgência.
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