Maciço Estremenho

[Detalhe]

O Maciço Calcário Estremenho é sem dúvida a região cársica mais importante do país e onde se situam as maiores grutas e algares de Portugal. Ao longo dos anos o NEC tem vindo a realizar várias saídas a esta zona, com o intuito de conhecer as cavidades da região. No lado esquerdo apresentamos brevemente o relato dessas incursões.

Caracterização do Maciço
O maciço calcário estremenho está parcialmente incluído no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, desenvolvendo-se essencialmente na direcção NE-SW, tendo a sua cota máxima nos 678 m da Serra de Aire.
Do ponto de vista morfológico, podem diferenciar-se no maciço três sub-unidades, que correspondem a compartimentos elevados - a Serra dos Candeeiros a Oeste, o Planalto de Stº António ao Centro e Sul e o Planalto de S. Mamede e a Serra de Aire, respectivamente a Norte e Este. Estas sub-unidades estão separadas por três depressões originadas por grandes fracturas - a depressão da Mendiga, que separa a Serra dos Candeeiros do Planalto de Stº António, o polje de Minde-Mira e a depressão de Alvados que marcam uma fronteira entre o Planalto de Stº António e o Planalto de S. Mamede/Serra de Aire.

Para além destas grandes sub-unidades de origem estrutural, esta área é fértil nas variadíssimas formas resultantes da corrosão do calcário, que se podem observar em toda a extensão do maciço. As formas mais características desta carsificação de superfície são os lapiás (Penedos Belos, Covas, Chainça, Covão Alto), as dolinas (Covão do Feto e Santuário de Fátima), as uvalas (Chão das Pias), os polje (Mira-Minde) e os canhões cársicos (Alviela). Ao nível da carsificação profunda, de entre as várias grutas e algares existentes, destaca-se a maior gruta de Portugal (Gruta do Almonda) e o algar com a maior vertrical directa, o Algar do Pena Traseiro.

O PNSAC possui um conjunto de infra-estruturas para apoiar os visitantes, tais como a Ecoteca de Porto de Mós, Centro de Interpretação da Gruta do Almonda, casas abrigo, etc. Para mais informações, veja as páginas do PNSAC, no site do Instituto de Conservação da Natureza.