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Expedição
Castil-Tortorios 2006
Este ano as expectativas para as Campanhas Castil-Tortórios eram elevadas.
Em 2005, a PC-26 ou Sima Piedras Verdes, rasava os -1000 e tudo indicava que esta profundidade seria ultrapassada. Já a VA-1, apesar de estreita até à cota de -400 m, tornava-se agora mais ampla e com maiores poços. Espeleólogos de várias nacionalidades (espanhóis, franceses, portugueses, mexicanos e americanos) integraram a expedição para mais um mês de explorações.
Este Verão a comitiva portuguesa foi mais extensa e divida em duas equipas. Primeiro subiram Miguel Pessoa e Nuno Redinha, acompanhados de Joana Leite e Maria Pessoa. Depois subiram Pedro Koch, Samuel Ribeiro e Fernando Pinto. Devido à pouca disponibilidade de férias, ambas as equipas permaneceram apenas uma semana na campanha, entre os dias 8 e 19 de Agosto.
Ainda não tinha descansado da subida para o acampamento já Miguel entrava na VA-1 com Cristobal a cerca de -450m para topografar um poço de 100m e continuar a exploração. Em 10 horas completaram a actividade explorando um novo poço de 20m e acrescentando 120 metros de desnível à topografia existente.
Também aqui as alterações climáticas se fazem sentir, diminuindo cada vez mais o gelo que fecha a entrada de algumas cavidades a altitudes geralmente superiores aos 2000m. Parece perverso, mas o fenómeno é positivo na prospecção de novas cavidades ou entradas superiores para os sistemas em exploração.
Nuno Redinha participou na revisão dos níveis de gelo de algumas destas cavidades.
Ainda antes de voltar a casa, a primeira equipa do NEC participou na desobstrução de uma fenda na Cueva del Hielo, com Franco e Jonh. Infelizmente revelou-se infrutífera.
Com a subida da segunda equipa vem o mau tempo. Apesar disso e juntamente com o Momi desobstruem um meandro estreito na M-15.
Pedro Koch continua os trabalhos de desobstrução com as asturianos Momi e Maikel, conseguindo explorar um poço de 10m e deixando a ponta de exploração a -120m e em cabeceira de um novo poço.
Samuel Ribeiro e Fernando Pinto ficam no acampamento a descansar e a preparar a entrada na PC-26 a -1100m de profundidade. Entram no dia seguinte ao final do dia para ir dormir ao bivaque a -600m.
No dia seguinte descem até ao fundo e começam a exploração que, após um poço, uma rampa e uma escalada para vencer superiormente um meandro impenetrável, termina a -1150m, com vista para uma marmita de 5 m de diâmetro e para um meandro bastante amplo. Topografam de saída e regressam ao bivaque onde pernoitam, voltando à superfície no dia seguinte, num total de 36 horas de actividade.
No dia seguinte a última equipa regressa a Portugal.
Fotografias da expedição
Os sócios do NEC podem ver aqui mais fotografias fazendo o log-in no Flickr |
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